
O experimento baseia-se em um dos mais estranhos e mais importantes princípios da mecânica quântica: o princípio de que o espaço vazio é... todo o contrário. A teoria quântica prediz que o vazio é em realidade uma espuma retorcida no qual as partículas revolucionam.
A existência destas partículas é tão fugaz que com freqüência se descreve como virtual. No entanto, pode ter efeitos tangíveis. Por exemplo, se dois espelhos forem colocados muito muito próximos entre si, as partículas virtuais que existem entre eles e fora criarão uma força que empurrará as placas metálicas entre si. É o que se conhece como "Efeito Casimir", em honra ao físico holandês Hendrik B.G. Casimir, que propôs esta teoria junto a seu colega Dirk Polder em 1940.
Um experimento muito inteligente
Durante décadas, os teóricos têm predito que um efeito similar pode ser produzido em apenas um espelho que está se movendo muito rapidamente. Segundo a teoria, um espelho pode absorver a energia dos fótons virtuais em sua superfície e voltar a emitir essa energia como fótons reais. O efeito só funciona quando o espelho se move através do vazio quase à velocidade da luz, o que é quase impossível para os dispositivos mecânicos que utilizamos diariamente.
Os físicos de Chalmers conseguiram evitar o problema utilizando uma peça da eletrônica quântica conhecida como dispositivo supercondutor de interferência quântica (SQUID), que é extraordinariamente sensível aos campos magnéticos. Desta forma, o dispositivo agiu como um espelho e ajustando a direção do campo magnético milhares de milhões de vezes por segundo conseguiram "mexê-lo" ao redor de 5% da velocidade da luz, o suficiente para ver o efeito.
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